A DEMOCRACIA NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR A PARTIR DA EXPERIÊNCIA PORTUGUESA

Autores

  • António A. Neto Mendes Instituto Superior de Ciências da Educação do Huambo

Palavras-chave:

centralização e descentralização, municipalização da educação, regulação pelo mercado e privatização, controlo “burocrático” e cidadania democrática

Resumo

Sabemos como é longo o debate em torno da problemática da democratização da organização escolar. Com efeito, discutir como pode a escola pública abrir-se à participação de um conjunto vasto de actores (professores, alunos, pais, autarquias locais, empresas) sem pôr em causa a aceitação social do projecto educativo historicamente consagrado, entre nós, à escola pública parece ser o grande desafio. Admitindo que a discussão sobre a democracia nas escolas não se faz à revelia do debate maior que diz respeito à organização democrática das sociedades, propomo-nos revisitar os caminhos que o governo democrático da escola pública tem trilhado em Portugal, o que implica ensaiar um olhar diacrónico a partir da Revolução dos Cravos (Abril de 1974). Tal permitir-nos-á considerar, relativamente ao presente, as possibilidades de desenvolvimento da escola pública que hoje se discutem em Portugal, directa ou indirectamente relacionadas com a temática central que escolhemos para esta comunicação.

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Publicado

2014-01-05

Como Citar

Mendes, A. A. N. (2014). A DEMOCRACIA NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR A PARTIR DA EXPERIÊNCIA PORTUGUESA. Revista Órbita Pedagógica, 1(1), 39–54. Obtido de https://revista.isced-hbo.co.ao/ojs/index.php/rop/article/view/7

Edição

Secção

Artigos